terça-feira, 14 de junho de 2011

não me deixe solta


Gosto de regras.
Compromissos.
Obrigatoriedades.
Limites.
Espaços definidos.
Posso parecer quadrada.
Rígida.
Insuportável.
Triste.
Quem sabe prá muitos eu seja.
Mas sou feliz na minha aparente prisão de certezas.
Minha liberdade encontro nas coisas fixas.
A pior prisão para minha alma é o não pertencimento a nada.
Posso voar em pensamentos e sonhos.
Mas minha trajetória é na terra.
Valorizo meus pés no chão.
Gosto de saber onde piso.
Preciso de rota.
Gosto de bússola, mapa e guia.
Não me peça pra andar ao sabor do vento
Isso prá mim teria um gosto amargo
E preciso muito da doçura.