segunda-feira, 19 de março de 2012

em silêncio



Esse silêncio que não cala vai tomando forma.
E me tomando conta.  
E me roubando o ar.
E me matando as horas.
Queria eu poder matá-lo com um grito agudo.
Ou com a indiferença.
Ou com tranqüilidade.
Esse silêncio que me ensurdece e não me deixa ouvir meu mundo.
Me confunde as certezas.
Me aflige o peito.
Me estremece as vísceras.
Queria eu poder matá-lo com uma gargalhada alta.
Dessas que a gente solta e enrubesce a face.
Dessas que a gente só tem quando se escuta as próprias idéias.
E as reconhece.


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