sábado, 20 de fevereiro de 2010

presença

Entorpecida pelo teu silêncio, espero.
Entre fantasias de amor e promessas de afeto, delírios povoam as lacunas deixadas pelo meu dia.
Sinto seu cheiro num pedaço velho de papel que sequer pode ser chamado de carta ou bilhete.
Mas que guarda um pouco de você - com suas letras, seus  rabiscos.
Cheio de rastros dum dia qualquer.
Sinto seu calor em minha pele como se me incendiasse a alma e me atravessasse os sentidos, mas é apenas lembranças.
Do seu toque, do seu carinho, da força dos teus braços quando me envolvem.
Sinto o gosto do seu beijo, que sela os sentimentos calados e as juras veladas.
Olho fixamente em seus olhos como se pudesse lhe decifrar os mistérios mais íntimos.
Temo pelas respostas dúbias que possa encontrar pelo caminho.
Ainda assim, num gozo súbito, percebo o que tanto desejo.
Sinto você ao meu lado.
Simplesmente por ouvir a sua voz.
Perdida.
De surpresa, no meio duma noite como tantas.

2 comentários:

  1. que lindo Ju.... alma de poeta... coração de menina!!
    adoro vc minha amiga!
    bjos

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  2. Lindos textos, amiga! Sem igual... de uma delicadeza e profundidade maravilhosa! Continue sem medo no execício da expressão. Sua alma tem voz...
    Bjo enorme! Roberta

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