Levanto pela manhã com a certeza de que preciso de mais um dia inteiro de cama macia, travesseiros enroscados e despertador estragado.
Não é mau humor ou tristeza. Ou melancolia ou angústia.
É cansaço. Preciso de férias.
Preciso de férias de mim mesma e das minhas idéias.
Preciso dum dia de inverno com vento cortante que bate na face, um cappuccino com chocolate, um cigarro e uma leitura instigante.
E no meio duma tarde inteira, me prender aos devaneios poéticos dum escritor qualquer que me fale à alma e me faça não lembrar do fogo interno que me corrói as entranhas e não me deixa tranquila.
E me perder autisticamente num colo imaginário de amor e cumplicidade incondicionais que me façam sentir viva sem me sentir em brasa.
Simplesmente porque estou cansada dessa velha história de se discutir se o copo está meio cheio ou meio vazio. De que me importam as perspectivas?
O copo está pela metade.
E nunca soube realmente viver pela metade.
As doidas que não sabem ter ou viver nada pela metade... vai entender essas negas malucas!!!
ResponderExcluiradorei esse finalzinho.
ResponderExcluirviver pela métade não faz sentido algum, não tem graça e nem sabor. tem que ser por inteiro e intenso.